Lembramos que se trata simplesmente de uma enquete, “não é em hipótese alguma pesquisa eleitoral”. Lembramos que nossas enquetes não são pesquisas oficias apenas pesquisa de opinião pública, não podendo ser utilizada ou divulgada em outros veículos de comunicação ou como instrumento de campanha. Por ser aberta a todos, onde podem votar, pessoas que não tem o titulo de eleitor em Cuiabá ou ainda não o possuem..

domingo, 30 de setembro de 2018

ABSURDO Repórter tem celular invadido por matéria sobre Bolsonaro

UOL

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Uma repórter do UOL teve o celular invadido após a publicação da reportagem “Entrei no grupo ‘Mulheres com Bolsonaro’ e fui expulsa em dois minutos”, publicada na quarta-feira (19). A jornalista Talyta Vespa, que assina a matéria, teve a conta de WhatsApp invadida e todas as conversas, fotos, vídeos e contatos apagados por um invasor ainda não identificado. O UOL repudia os ataques considerados como uma ameaça à liberdade de imprensa por entidades que representam jornalistas.

A matéria publicada por Universa, editorial dedicado a conteúdo feminino do UOL, tinha o objetivo de informar a motivação de mulheres que declaram voto no candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). Após a matéria ir ao ar, o invasor apagou os dados pessoais e escreveu “bolsonaro” no perfil da jornalista no comunicador. A invasão aconteceu por volta das 11h30 da manhã. Além de contatos privados, a repórter perdeu conversas de cunho profissional. Não é claro se o invasor teve acesso integral a dados pessoais, senhas ou a contas mantidas pela jornalista em aplicativos e redes sociais.
Desde 2012, o Código Penal prevê como crime a invasão de dispositivo informático “alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações expressa ou tácita do titular do dispositivo”. A pena é de 3 meses a 1 ano de prisão e multa. Foi registrado um boletim de ocorrência para apurar o caso.
A equipe do WhatsApp não soube esclarecer como pode ter acontecido a invasão. A empresa também não afirmou se há vulnerabilidades no mensageiro. Em nota, o WhatsApp informou que se “preocupa profundamente com a segurança e privacidade de nossos usuários. Se as pessoas tiverem alguma preocupação com a conta, podem entrar em contato com nossa equipe de suporte ao cliente diretamente no WhatsApp, em ‘Configurações’.”
Entidades em defesa do jornalismo repudiam invasão
Em nota, a Federação Nacional dos Jornalistas repudiou o episódio. “É o primeiro caso que a Federação tem conhecimento de invasão de WhatsApp e de conta privada de um jornalista. Para a federação, toda e qualquer forma de agressão ou tentativa de intimidação ao exercício profissional do jornalismo é um atentado à liberdade de imprensa. Por ser a primeira invasão do tipo a nos ser informada, reforçamos a necessidade de investigação das autoridades e colaboração do serviço de mensagens para que sirva de precedente para possíveis novos casos”, diz.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo condenou o caso. “A sociedade não pode tolerar que jornalistas sejam perseguidos pela realização de reportagens de interesse público. Naturalmente, a crítica ao trabalho jornalístico é livre e faz parte da democracia. Mas a invasão de perfis em rede social e outras agressões do tipo são crimes e devem ser investigados e punidos. Damos nosso apoio à repórter e nos colocamos, como Sindicato, à sua disposição para tomar todas as medidas cabíveis”, declarou em nota.

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